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QUANDO CHEGAR as duas da
tarde estará como antes
quando vier sua mão
cedo silente a minha
dela perdida para o lugar
que me hospeda
Auto ciente abajur aceso
único borrão num quarto escuro imenso
: suspenso vão para o mar suspenso:
E luz fria para as têmporas
do homem são guelras
que bebem ar e luz
e aquece o mar das comportas
quando o poema for
não haverá reserva, côncavo ventosa
mas mãos plasmadas aos atos
o hiato será o antes de haverem mãos sagradas
quando o quando for tátil
poesias não serão as horas que se lêem
pela espessura e alcance das sombras
e o tapete de uma sombra
deitado como após poente
e desdobrado no lugar
das cortinas de casa
Karina Jucá
MPB
Há 7 anos