NOSFERATU
Quando a lua uiva
sobre sonos e sopra
o pó das sepulturas,
exalo meu perfume e
negro lume, escapo
A capa, asa de negrume
envolve teu corpo, ar
repiando o dorso, car
ícia de brasa gelada
E por fim deixo em tua
pele-página, orifícios,
dupla marca, ver
melho sangue: cravadas
Antônio Moura,
Do livro: DEZ poemas,
1996 - Belém-Pa
MPB
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