Não é a água (O) que se bebe
Para encantar pedras mais leves,
dizer
à chuva: eis: ele, o Orvalho em chamas
Mesmo Se espessamente
caindo sobre nós
O
lodo
O
escorpião
não escondeu seu mal para nascer
O
Anjo sobre a Terra?
A fome
Não sonha com a abundância?
E o pão,
não foi um dia o filho?
Vê sem agonia o que te diz o início deste dia:
se com a Sombra foram tuas as Asas que ascenderam à Lua, tua Poção de Chamas
insistir
na devoção pela Ausência,
soprar
as cinzas
para criar um bosque de sussurros
orado
junto ao fogo
pela Água da Luz apagado: eis: Tu, o Orvalho humanizado
Vicente Franz Cecim