A PEDRAo miserável adormecido nos braços da estátua
4 leões lambendo a madrugada
dilata-me as narinas o mal cheiro da Pedra
a baía fustiga barcos com a língua
me açoitam impulsos noturnos
aparto-me da alvorada
dobro o pescoço
abro asas negras devassas
do alto avisto o mercado a igreja a praça
puro pássaro – pouso a teu lado
cravo garras na poezia e seu cadáver
revolvo toda a carniça
perverso
daquelas entranhas extraio
verso
verso
verso
até ficar saciado
Dand M
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