G:
Já faz tempo,
amada,
que navegamos aos becos do sol.
Neles não hasteávamos flâmulas
não se mostravam bússolas
e nem existíamos,
havíamos.
o sonho dos arcanjos e
o beijo dos namorados
viam Teseu nos labirintos do som.
Mas o que fazer se Clio é infeliz?
O que dizer das linhas
- vias -
que se plantam às mãos?
O meu-teu luar via vícios de violinos
Amar é verbo,
gerúndio passivo
de infinitivos atos
Por isso,
Ariadna,
acasalamos nossas bocas,
o laço que o ímã atrai,
nos labirintos do sol.
Paulo Nunes,
do livro “Ou: poemas não são linguagens”
MPB
Há 7 anos
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