NOTURNO SER
São os lábios da noite que me
visitam e me lambem,
lazarento cão. Esperas
Só os lábios da noite me excitam
e libertam,
louco amante. Quimeras
Se os lábios da noite hesitam
a língua
lateja no céu das eras
Sem os lábios da noite me ficam
o luar
e o leve vazio. Inútil aquarela
Aristóteles Guilliod de Miranda,
do livro, “Para além dos alísios”, 2003
MPB
Há 7 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário